terça-feira, 27 de abril de 2010

As Portas da Percepção e o Cotidiano - Parte I

Parte I - aplicando o que não foi dito...

Não é de hoje que eu exercito minha filosofia barata... Lembro bem de uma frase que li numa destas revistas femininas do início dos anos 90.... Pra piorar, a frase em questão não vinha de nenhuma matéria assinada... Vinha de uma propaganda de roupa. Não me lembro da marca, mas a frase era "Nada muda se você não mudar". E quem não quer mudar?!

Passados alguns anos, novamente algo lido em outra das revista feminina da minha mãe mudou a direção dos meus pensamentos: a matéria era sobre casamento de mulheres na faixa dos 40 com rapazes na casa dos 20. De fato este tipo de discussão não me interessava nem um pouquinho na época (eu devia ter uns 18 ou 19), mas uma frase me prendeu a atenção. A entrevistada contava em detalhes como foi a visita de apresentação à família do namorado e contava como se sentiu frustrada ao perceber que a mãe do rapaz parecia ser uns bons anos mais nova que ela.

Chegando em casa, ela parou por alguns instantes diante do espelho para avaliar a quantas andava sua imagem. Ao ver os cabelos brancos pipocando, disse que daquele dia em diante nenhum outro fio de cabelo branco ousaria nascer em sua cabeça.

Quem acha que eu acreditei 100% na história acertou. Quem acha que eu coloquei em prática acertou. Quem acha que funcionou acertou mais ainda.

Novamente passado alguns anos, peguei na locadora "Quem somos nós" que tratava do tema de-onde-viemos para-onde-vamos... Confesso que não morri de amores pelo filme, mas foi vital para "reativar" o tema em minha mente.

Com o tema fresquinho na cabeça, não é que encontro, por acaso, um amigo que não via a algum tempo? Não era qualquer amigo. Era um daqueles gênio-loucos. Conversamos sobre vários assuntos e ele mencionou "As Portas da Percepção" e "Céu e Inferno" do escritor Aldous Huxley. Não tive dúvidas! Corri pra internet e comprei o livro. Uma obra-prima que me saiu por menos de 15 reais (depois que descobri a EstanteVirtual não me lembro de quando comprei um livro zero km).

Aldous Huxley, inspirou filmes bastante conhecidos como O Demolidor (com Stallone)







e A Ilha



Continuo no próximo post.

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